Vi-te uma só vez e deixei de ver.
Beijei tuas mãos e deixei de sentir.
Disseste-me: “amo-te” e deixei de ouvir…
Gritei o teu nome e deixei de falar.
E no tempo que passa o tempo passou.
E no tempo que passa a paixão acabou.
O tempo passou no tempo que passa
e foi quando te vi, falei-te e senti.
Foi quando falei e também te ouvi,
que pensei no que perdi por te abandonar.
Guardei os sentidos que estavam perdidos.
Queria com eles voltar a amar-te, mas...
Disseste-me: “é tarde” ficamos amigos.
© Augusto Brilhante Ribeiro