Cabeça pendente
Braços caídos
Olhar ausente
Diz que não sente
O corpo que traz
A força que faz
Tropeça e não cai
Ouve-se um “Ui”
Por pouco caía
Por pouco que cai
Por muito caiu
E nem disse “Ai”
Dois braços seguram
Um corpo que é mole
Um corpo matado
Um dono que é morto
Por ser mal-amado
© Augusto Brilhante Ribeiro