Ser indiferente
Na alegria ou na sorte
No porte
Ou na sentença da morte
Ser indiferente
Vivendo como a escória
Sem glória
No tempo eterno da memória
Ser indiferente
No mundo de tantos iguais
Como pardais
Sem conhecer o que há mais
Ser indiferente
É o que resta, baixar a testa
E já não presta
Porque indiferente é ser obediente
Eternamente
© Augusto Brilhante Ribeiro