Batem à porta. Estou sonolento
Quem lá bateu entra no sonho e inventa
És tu e sou eu
Batem à porta. Batem mais forte
Acordo a sonhar, tropeço e caio
Nem sei que fazer
Abro a porta e nada aparece
Volto a deitar-me, não quero acordar
Rezo uma prece e no sonho a sonhar ela aparece
O sonho comanda a vida.
O sentido é a razão
Do real é um sonho perdido.
Do pensar é confusão
Sonho na tua parte e fico a matutar:
Já me perdi.
Não tenho engenho, nem arte, já nem sei sair daqui
© Augusto Brilhante Ribeiro