No tempo em que o tempo sobrava
Encontrei a minha amada
No tempo em que nada havia
Além do tempo que amava
Foi o tempo que me ensinou
Na tristeza e na alegria
Que ao tempo se deve dar
Tempo que baste a sobrar
Perdido no tempo que tinha
Perdido nessa imensidão
Deixei que o tempo levasse
O meu amor sem perdão
No tempo que o vento faz
O vento traz a tristeza
O vento leva a saudade
Do tempo que foi sobrado
Se o vento parar no tempo
Faz como manda o vento
Manda saudades do tempo
Agora que só há lamento
© Augusto Brilhante Ribeiro