Virado do avesso
Espremido o limão
Para começo
Abriu o caixão
Virou-se de lado
Olhou-o de frente
Comeu um bocado
Foi pouco mas rente
Tirou pra provar
Cortou com cuidado
Não era pra dar
Ficara guardado
A mosca que voa
Perdida no ar
Aterra que é boa
Que anda a cheirar
Com a palma da mão
Enxota a maldita
A outra com pão
Caiu na sanita
Asneiras a rodo
Era um desatino
Parecia de todo
Ficar sem o tino
© Augusto Brilhante Ribeiro