Domingo, 15 de Julho de 2012

Gafanhotos

De longe tão densos que já tapam

Como sombras de nuvens a correr

Gafanhotos famintos vão devorando

O que os pobres tinham para comer

 

De seguida, depois de nada haver

Lançam-se em magotes pelo ar

Voltam a zumbir até morrer

Ficando a destruição a encenar

 

Deixam resquícios de prazer

Restos de ceara pelo solo

Fome e miséria de se ver

Que ao poeta servirá de consolo

 

A criança não sabe a cor da fome

Seus pais que agora nada têm

Dão-lhe o que já ninguém come

Que a fome será seu entretém

© Augusto Brilhante Ribeiro

 

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publicado por Augusto Brilhante Ribeiro às 00:00
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