Quinta-feira, 1 de Novembro de 2012

À lareira

Chuva, vento e trovoada

O relógio bate as horas

São cinco da madrugada

Um relâmpago, um clarão

Deixa rostos de fantasmas

Em paredes humedecidas

Batem portas e o portão

No rego forma-se um rio

Com lama de aluvião

Crepita a brasa que aquece

Um velho em solidão

Sentado esfrega as mãos

A vida já lhe tirou

Muitos anos de ilusão

Rareia a luz que ilumina

Na boca só tem amargo

Do centeio que fez o pão

© Augusto Brilhante Ribeiro

 

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publicado por Augusto Brilhante Ribeiro às 00:00
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1 comentário:
De mala_de_cartão a 20 de Dezembro de 2012 às 21:07

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