Domingo, 1 de Junho de 2014

Extorquido

Os dias passam

O tempo corre e apaga do amor manchas indeléveis, esbatidas em velhos trapos

Nada mais resta que o crematório

Nem mesmo a cisma que o peditório rejuvenesce

Nem mesmo isso impede o tempo que adormece

Perdem-se palavras

Areia que nos escapa

Malha grossa que não filtra

Cimento que endurece

 

Aconteceu felicidade

O que é meu é teu

Agora acontece ruindade

O que é meu, sempre foi

 

Sabor amargo

Cheiros fétidos

Visões tenebrosas

Sonos mal principiados

 

O que é meu é meu, ouve o que digo

O que é teu, também

 

Digo eu, bem se vê; extorquido

© Augusto Brilhante Ribeiro

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publicado por Augusto Brilhante Ribeiro às 00:00
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