Um dia outro e mais outro
Igual ao que foi? Talvez.
Parecido com o que vem
Semelhante ao que virá
Sempre mais um cortês
Tem muita sorte
Bateram à porta
Não queria abrir
Falara-lhe a morte
Um dia vai tudo parar
Porque será? Que é que tem?
Se o dia deixar de vir
Também não vem
Quem era para ficar
Tem muita sorte
Bateram outra vez
Agarrou-lhe o braço
E foi desta vez
© Augusto Brilhante Ribeiro